quinta-feira, 14 de maio de 2015

Você sabe o que é Nomofobia?

No último domingo (10/05/2015) o programa dominical, Fantástico exibiu uma matéria muito interessante sobre um assunto atual e silenciosamente perigoso, do qual eu mesmo escrevi um artigo para uma revista no inicio deste ano e tenho ministrado palestras sobre o tema. E aqui vou compartilhar um pouco com vocês.  




Tenho visto hoje em dia pessoas na rua, na condução e em vários lugares “grudados” no celular. Quem nunca viu alguém tropeçando na rua, por que estava mexendo no celular? Às vezes até na sua casa você tem alguém que não larga o celular ou qualquer outro aparelho tecnológico. Observei duas cenas um dia desses que me preocuparam muito, pois trabalho e ministro sempre palestras para jovens e adolescentes há anos e tenho visto que para muitos a tecnologia não tem ajudado, mas prejudicado.

A primeira cena eu e minha esposa estávamos em um restaurante Self-Service e na fila tinha uma pessoa que colocava a comida no prato e mexia no celular. Essa pessoa sentou perto da gente, nós terminamos de comer e ela deixou o celular do lado do prato, não mexeu na comida, mas ficou o tempo todo no celular, a ponto de deixar toda comida no prato e ficar se distraindo no celular. Na outra cena vi um casal na mesa de um restaurante, um estava de frente para o outro, mas não conversavam, estava cada um no seu celular. A cada dia vemos nos noticiários relatos de acedentes graves e com morte pelo uso abusivo de celulares.

Sempre que falamos em vícios quase que automaticamente nossa mente nos leva a pensar em drogas, cigarro, álcool, etc. Contudo, a cada dia uma nova modalidade de vício, de dependência, tem tomados conta das casas brasileiras. Pesquisas em todo o mundo apontam para o surgimento de uma nova patologia, que se trata de uma dependência da tecnologia. Nomofobia é nome da nova patologia que tem afetados milhares de pessoas.  O nome vem do inglês no + mobile + fobia, que pode ser entendida por, fobia de ficar sem um aparelho de comunicação móvel. Ela é mais comum em adolescentes e adultos acima dos 40 anos. Pessoas que sofrem de nomofobia não consegue deixar o telefone desligado, tem sensação de rejeição quando não lhe telefonam e enfrentam síndrome de abstinência quando estão sem o aparelho. O problema pode estar ligado a outros transtornos, tais como ansiedade e depressão. Hoje já existem profissionais de psicologia e psiquiatria especialistas em tratamentos de pessoas viciadas em redes sociais e internet. E os centros de recuperação que antes tinham o propósito de tratar de pessoas viciadas em drogas, álcool e etc., agora também existe para viciados em internet.

Quem nunca se deparou em casa, no trabalho, em festas, na igreja com pessoas que não desgrudam do celular. Pois isso agora está se tornando um vício. A psicóloga Anna Lúcia Spear King, autora de uma tese de doutorado do Instituto de Psiquiatria da UFRJ em entrevista a um periódico, lembra que nomofóbicos são pessoas que apresentam um perfil ansioso, dependente, inseguro e com uma predisposição característica dos transtornos de ansiedade que podem ser, por exemplo: transtorno de pânico, fobia social, fobia específica, transtorno de estresse pós-traumático; e costumam ficar dependentes da internet por medo de estabelecerem relacionamentos sociais ou afetivos pessoalmente.

Os critérios que orientam a identificação do uso excessivo de celular são: Manter o celular sempre à mão, 24 horas por dia (mesmo quando dormindo), para não perder qualquer possibilidade de contato; Abandonar as atividades para atender a qualquer chamada do celular (muitas vezes interferindo em situações de trabalho, estudo, reuniões sociais e familiares); Manter invariavelmente a bateria do celular carregada; Quando esquecer o celular em algum lugar, voltar para buscá-lo, pois, do contrário, este fato pode gerar extrema ansiedade (como se faltasse algo essencial). Em casos mais graves, as pessoas podem apresentar alterações de humor, da respiração, taquicardia e ansiedade.

É preciso estar atento em que tempo dedicamos as tecnologias, pois este problema é muito sutil e pode vir disfarçado de entretenimento. Quantas vezes incentivamos as crianças desde cedo a usar a tecnologia, como uma solução para atenção que elas exigem. E, assim vemos crianças, de três ou cinco anos, com tablets e celulares. Adolescentes acordam e vão direto para o computador dar uma “olhada” no Facebook, andam 24h olhando e mexendo no celular. Alguns pais para substituir a presença ou pela inabilidade de criar os filhos, eles enchem as crianças de tecnologia. Como tudo na vida precisa de equilíbrio e moderação, o uso de tecnologias é a mesma coisa.




A nomofobia tem trazido hoje para os lares “um silencio” mortal. Cada um em seu celular e o dialogo some, as crianças não brincam mais com brinquedos de crianças, mas com jogos em tablets, muitos adolescentes mantem apenas relações virtuais, os amigos são os do facebook, amigos que na maioria das vezes que eles não conhecem.

Não sou tão antigo e gosto também da modernidade, mas precisamos resgatar em nossas famílias, hábitos que muitos deixaram para trás; bate papos, passeios em família, refeições a mesa, olho no olho e etc.

A tecnologia esta aí para facilitar a nossa vida, quantas coisas que antigamente demoraríamos horas, dias e meses para fazer e hoje com um “clic” resolvemos tudo. No entanto não podemos nos deixar dominar por ela tornando-a prioridade, temos a capacidade de desligar. Assim como os outros tipos de vícios esta dependência pode levar a um comprometimento das relações interpessoais.

Muita gente vive uma vida dominada pela tecnologia em um mundo cibernético. Já atendi muitos adolescentes e jovens no consultório viciados em tecnologias, adolescentes que começaram em coisas à principio inocentes, como o famoso “Pool” (bichinho virtual), The Sims, Whatsapp, Facebook e depois não largavam mais seus celulares e tablets.



Algumas sugestões: Determinar horários para o uso de tecnologias; Ensinar desde muito pequenos aos filhos a valorizar o contato com as pessoas que estão ao redor, que o abraço, o beijo, o carinho, atenção são mais importantes que aparelhos; Selecionar momentos onde todos os integrantes da família entejam juntos (ex: uma refeição, seja café, almoço, jantar onde não haja interferências de aparelhos tecnológicos) para descobrir o prazer de estar junto; Separar um momento do dia para uma conversa sobre como foi o dia de cada um; Dar exemplo aos filhos, não usando de aparelhos tecnológicos durante os momentos em família; Procurar ajuda profissional quando perceber que a dependência de tecnologias de algum dos integrantes da familiar se tornou doentio.

Por Deivison Bahia. 





terça-feira, 12 de maio de 2015

Vida na Vida

Enfim nosso primeiro blogger! 

Estamos muito felizes em compartilhar um pouco do nosso conhecimento, da nossa vida como psicólogos, desafios, conquistas, estudos, reflexões e tudo mais que for útil ou preciso. 

Algumas pessoas falavam que deveríamos ter um espaço assim, de compartilhamento. Pois amamos a vida na vida!

Somos muito apaixonados por nossa profissão. Estamos sempre em busca de aperfeiçoamento e crescimento. E dividir conhecimento é crescer!

Pra começar vamos mostrar um pouco do nosso consultório. Neste espaço nós fazemos  atendimento com hora marcada. Psicoterapia individual, casais, família e grupos. Com criança, adolescente e adultos. O nosso endereço é Av. Marechal Dantas Barreto, nº15, sala 7 - Campo Grande, Rio de Janeiro . Aceitamos também convites para ministras workshop e palestras. Mais informações (21) 988133412 ou (21) 996949106.



Estaremos sempre te esperando por aqui!